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O CarPlay, sistema operacional para carros, é a primeira novidade da gestão de Tim Cook. Entenda por que ele é importante para a Apple

Desde que Steve Jobs morreu, em outubro de 2011, o executivo americano Tim Cook convive com a sombra do genial fundador da Apple. Era inevitável tal pressão. Afinal, Jobs figura no panteão dos grandes gênios da inovação. Cook era apenas um funcionário dedicado que soube reger com maestria a Apple. Mas sua atuação limitava-se aos bastidores. O palco sempre foi de Jobs. Por essa razão, desde que Cook ascendeu ao cargo de CEO da Apple, e passou a dominar os holofotes, tudo que ele anda fazendo – ou não – tem sido acompanhado com lupa por analistas, investidores e fãs da companhia da maçã. 
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Toque mágico?: O espectro de Steve Jobs sempre vai assombar
Tim Cook no comando da Apple
Nos últimos dois anos, Cook tem decepcionado essa turma. Evento sim, e o outro também, sua gestão se especializou em trazer mais do mesmo: novos iPhones e iPads sem nenhuma grande novidades. Apenas recursos incrementais. A aura de criatividade da Apple, cultivada por Jobs, começava a ruir. É cedo ainda para acreditar que a Apple está retomando sua trajetória de inovação. Mas uma centelha pôde ser vista no horizonte na semana passada. Foi quando a companhia anunciou o CarPlay, um sistema operacional para carros. É a primeira grande iniciativa da gestão de Cook, comparável ao anúncio de serviços com o iTunes, que revolucionou a venda de música pela internet, e ao iCloud, que colocou a Apple na era da computação em nuvem. 
Com ele, a empresa fundada por Steve Jobs tenta ganhar um pedaço do multibilionário mercado automobilístico e abre uma nova fonte de receita, além de iPhones, iPads e iMacs. Ainda neste ano, o sistema estará presente em carros da Ferrari, Mercedes-Benz, Honda, Hyundai, Jaguar e Volvo (saiba mais no "iCarros").O CarPlay ganha mais relevância à medida que a Apple está perdendo mercado na área de smartphones e tablets. Apesar de ela ter vendido um recorde de 51 milhões de iPhones e de 26 milhões de iPads em seu primeiro trimestre fiscal, a concorrência tem se saído melhor. 
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Na semana passada, a consultoria americana Gartner informou que os tablets equipados com o sistema operacional Android, do Google, superaram pela primeira vez as vendas daqueles com o iOS, da Apple. Os modelos equipados com o simpático robozinho verde, símbolo do Android, estavam em seis de cada dez tablets vendidos no ano passado (veja gráficos abaixo). A Apple ainda lidera o setor, mas vê a Samsung se aproximar rapidamente. Assim como fez na área de smartphones, a companhia coreana tem boas chances de roubar o posto da Apple nos próximos dois anos. 
O Android, mais uma vez, será o principal rival da Apple nessa disputa pelo mercado de automobilístico, que vende 80 milhões de novos carros e caminhões leves, em média, anualmente. Em janeiro, o Google anunciou a formação de uma aliança com GM, Audi, Hyundai e Honda para levar o robozinho verde para dentro da cabine. Os primeiros veículos equipados com Android devem chegar até o fim do ano. Mesmo prazo para os primeiros carros com o CarPlay, um indício de que se aproxima mais uma briga épica entre as duas empresas. A Apple, por sua vez, se prepara para uma temporada de lançamentos nos próximos meses. Esperam-se, como de costume, novas versões de iPhones e tablets. 
Mas a companhia deve anunciar o seu esperado iWatch, relógio inteligente, para disputar o segmento batizado de tecnologia vestível. Um serviço de tevê também deve ser mostrado nos próximos anos. “Mas sem alguém como Jobs, é duvidoso se eles conseguirão o mesmo tipo de sucesso que tiveram quando Jobs dirigia a companhia”, afirma Rob Enderle, analista principal da consultoria americana Enderle Group. Cook confidenciou certa vez que acordava toda manhã pensando em fazer a coisa certa para a Apple, em vez de imaginar o que Jobs teria feito. Se não pensar diferente, como dizia o slogam da Apple na época de Jobs, irremedialvemente estará fazendo a coisa errada.
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