Quem trabalha no escritório da Evernote, empresa que desenvolve um app de anotações em Mountain View, Estados Unidos, pode eventualmente cruzar com um robô comandado pelo à distância pelo presidente da empresa, Phil Libin.
Os Anybots, equipados com rodas, câmeras e uma tela que exibe quem está do outro lado, serve para o executivo conferir atividades do escritório e participar de encontros informais mesmo quando está longe. Mas essa é apenas uma das características inusitadas do escritório da Evernote no Vale do Silício.
A empresa, que realizou em novembro um hackathon em São Paulo para promover soluções criativas utilizando sua plataforma mobile, é um complexo de ideias inovadoras no espaço de trabalho. Durante entrevista ao jornal The New York Times, Libin detalhou alguma dessas ideias e contou quais razões o levaram a repensar a forma com que as pessoas trabalhavam.
“Temos uma estrutura plana e muito aberta”, disse Libin ao jornal. “Ninguém tem uma sala. Na verdade, não há benefícios que sinalizem senioridade. Obviamente há diferenças de compensação, mas não há símbolos de status. Você não consegue um lugar melhor, ou esse tipo de coisa, porque é desnecessário. Cria barreiras artificiais à comunicação.”
Apesar de estimular a troca de ideias, o executivo também zela pelo foco. Telefones fixos foram eliminados das mesas de trabalho e as ligações podem ser feitas apenas com celulares pessoais, que tem as contas pagas pela empresa.
A companhia também adotou uma política de férias ilimitadas. E não parou por aí. Para estimular que os funcionários viagem, é oferecido um bônus de mil dólares.
Maridos e esposas dos funcionários da Evernote recebem benefícios por tabela. Libin explica que garante a simpatia das famílias ao pagar pela faxina na casa do funcionário duas vezes por semana. “Precisamos colocar as esposas e maridos do nosso lado. Quero que a pressão deles para que seus entes queridos trabalhem na Evernote.”
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